24 de janeiro de 2011

não é que me falte o mote. é que o que escrevo tantas vezes se afasta do que penso escrever e o que penso do que escrevo pensar. e isto é para ser lido e relido muitas vezes e em alturas diferentes e mais tarde torna-se tão impreciso que se afasta do ponto de partida. mas é preciso escrever para repensar. logo insisto?

10 de janeiro de 2011

há um momento ao final da manhã em que entram os músicos, e os músicos trazem músicas que às vezes são tristes mas me apaziguam por serem familiares. poucas coisas me devolvem a calma e dessas poucas muitas cabem numa hora única com chão de madeira, sapatilhas de pele rosa, cassetes de piano e uma voz séria anunciando em francês expressões que me vão surpreendendo quando lhes encontro o sentido.

9 de janeiro de 2011

Carrossel

todos os dias desta semana me senti maravilhada pela imensidão do mundo que me espera. pois cheguei ao final de pernas bambas por ter percebido que já não é um mundo que me espera, é uma imensidão que não pode esperar. é mais ou menos como um daqueles carrosséis que são divertidos à brava mas dão frio na barriga e sensação de morte iminente, e nas voltas que dão não é possível entender qual é a emoção que se sobrepõe.