14 de julho de 2013

Clichés

e não mudei muito ao longo destes anos. entre um tédio a que não vejo o fim e uma tristeza entranhada, pelo meio raros momentos de uma alegria ou de um entusiasmo sumidos que depressa se desfazem no que é o meu mundo real, do qual não soube fazer o que sonhei. e já não sei sonhar outra coisa para fazer dele.
vou andando, uns dias são um pouco melhores do que os outros e este tipo de coisas soa-me uma tolice. há gente doente, há gente a passar fome, há gente que perdeu quem mais amava. a mim não me aconteceu nenhuma dessas coisas, e no entanto uma distimia moderada é o melhor que consigo, nos meses de verão.
talvez se tivesse nascido e crescido outra pessoa qualquer pudesse ser de outra maneira qualquer.