Em Junho
no meu Jardim
ela tem vontade de fechar as persianas, abrir as janelas e deixar o vento entrar.
eu tenho a sensação de não escrever há três dias.
ela saltitou quando o pássaro levantou voo e lhe fez cócegas na mão.
eu ouvia-lhe os prantos à noitinha - ela rogava à virgem que a protegesse dos olhares indiferentes. má sorte - meteu-se noutra e não houve virgem que lhe valesse. perguntou-lhe onde ia e a que horas voltava e ele respondeu-lhe que, mais tarde, se serviria dela.
trauteio mentalmente outra música:
«continuas a envelhecer. começas a evocar os lugares onde estiveste, as estradas por onde o suor passou.
e tantas vezes os evocas que se tornam lugares-comuns e deixas de procurar outra casa para férias.»
2 Comments:
Há-de haver sempre um sussurro no ouvido, um arrepio de mar. Tu ainda acreditas, lá no fundo das masmorras onde encarceraste o teu coração. Ainda plantas flores no teu jardim :)
pedaços de pomar. feitiços inocentes de cores profundas. veludo, veludo.
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