26 de outubro de 2009

Fundamentalismo Islâmico

nem sei bem por onde começar. nem sei porque me apetece escrever sobre isto (sobre a minha reconciliação emocional comigo mesma) quando tenho tido ideias tão interessantes sobre a recente polémica em torno do livro de saramago em contraste com o pacífico acolhimento da tese de josé rodrigues dos santos sobre o fundamentalismo islâmico. mas não é a genialidade do primeiro nem a clareza do segundo que me tem ajudado a suportar os dias e, até, a senti-los como bonitos.
tenho pensado no que se passa. e não porque precise de analisar o processo em todos os seus pormenores, ou de me auto-justificar, ou de pensar para perceber porque estou contigo. desta vez compreendi tudo desde o início porque não precisei de compreender nada. estava a acontecer, um reboliço de sensações, borboletas e xilofones quando te via e te falava desajeitadamente e tão pouco quanto possível para não sofrer uma apoplexia. (oh, como são deliciosos e literários estes termos antiquados!) era só na minha cabeça e não precisava de mais nada para ser qualquer coisa. e fazia comichão e até arranhava, mas mesmo nesta altura era reconfortante porque me fazia recuar muitos anos no tempo, até àquela adolescência em que as paixões são coisas divertidas, sem porquês e sem talvez.