15 de fevereiro de 2015

Syriza

"A direita conserva ou reforma e inova - para recodificar novamente numa grelha estrita, A esquerda prefere criar o novo libertando o acaso. Como não saudar a irrupção do Syriza na cena político-existencial da Europa - da Europa adormecida, paralisada, auto anestesiada pela sua moral niilista do «bom senso», do «justo meio», da «via única»? Nunca vivemos um tónus de vida tão baixo, tão pobre, tão espiritualmente desgraçado, tão resignadamente desesperado.
É isto a Europa? A Europa dos anómalos, dos criadores, dos Shakespeare, dos Holderlin, dos Rimbaud, dos Pessoa, dos Van Gogh e dos Artaud? Estes seres «improváveis», «impossíveis» abriram campos inauditos à criação e à cultura da Europa. Não deveríamos tê-los domado - tê-los «posto na ordem» antes de eles...«ousarem»?"
José Gil, Visão