«- Até Já»
imagino-te fora do carro, a andar de um lado para o outro. eu sei, não passa de uma elaboração mental: na realidade, estás sentado no carro com esse ar (tão teu) de quem tem medo de ser visto - ou apenas não quer ser notado. não acendes um cigarro. a acção é simples: telefonas-me, só para saberes se estou bem. é coisa que, na generalidade dos casos, me irrita. não tenho frio, nem fome, nem febre, e destas oscilações de humor todos nós padecemos, em maior ou em menor grau. mas até gosto quando és tu a fazer isso - principalmente quando o fazes antes de entrares no túnel antes da minha luz. sorrio brevemente antes de atender, atendo, e o inesperado acontece: ao meu "então?!" - interrogativo e exclamativo, quase indignado - sobrepõe-se o teu "então?!" - e então sorrio novamente. tu sabes que só estou bem aonde não estou e só quero ir aonde não vou. mas, desta vez, também não é o caso. estou bem. e gosto que ligues para saber. apesar de ser uma pessoa "não muito dedicada à causa de viver", aguardo ainda o terceiro sinal. e, teimosa, há coisas que não quero que me expliquem.
entretanto, vou no eléctrico a cantar aquela música dos rádio macau - e acendo mais um cigarro, invento mil ideais.
entretanto, vou no eléctrico a cantar aquela música dos rádio macau - e acendo mais um cigarro, invento mil ideais.
1 Comments:
... e até já. =)
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