4 de maio de 2009

Otelo

"Estamos a perder demasiado tempo a pensar e discutir sobre o conteúdo do documento, quando devíamos era preparar-nos para a revolução armada, pois o que interessa é abater o regime, e isso só se consegue à porrada."
Jorge Golias, capitão engenheiro, a 25 de Agosto de 1973

como já devo ter dito aqui, quando tenho tempo gosto de parar na montra da tabacaria da estação de metro para ver as capas dos jornais diários (é um hábito que adquiri em jeito de imitação social, mas um bom hábito). a entrevista a Otelo Saraiva de Carvalho, pelo Paulo Moura, foi o que me despertou a atenção na manhã do passado vinte e quatro de abril. raramente chego a ler as peças jornalísticas na integridade, mesmo quando me despertam a atenção, mas desta vez resolvi ir até ao fim. aqui deixo este apontamento, legitimando a pretensa agressão ao avô cantigas, pois se isso afinal só se consegue à porrada...não, a sério, a revolução armada é um tópico que me inquieta e depois fiquei a pensar se não estaremos de facto a perder demasiado tempo a discutir sobre os conteúdos dos diferentes documentos que professamos. mas eu sou uma ingénua política que gostava de um dia poder dizer "nós, a esquerda".