63%
sobre o significado da abstenção nas eleições europeias (em portugal)
primeiro, creio que este valor terá sido avultado pelo recenseamento automático. não se tratando de um viés estatístico, trata-se pelo contrário da anulação de um viés, com maior expressão demográfica, uma vez que o universo não se cinge aos eleitores que pelo recenseamento afirmaram a vontade de exercer o direito de voto, correspondendo sim à fracção populacional com idades superiores a 17 anos. pelo que comparativamente aos valores em eleições anteriores não o considero alarmante, muito embora triste ainda assim. porque se ouço por aí dizer que votar é um dever, uma obrigação moral, um frete cívico, ou sei lá que mais, continuo a perspectivar o voto acima de tudo como um direito.
segundo, e ao contrário do que tento transmitir a quem puxa o assunto da democracia à refeição, e faz uma confusão danada com brancos, nulos e abstenções, admita-se que na prática esta abstenção terá sido parcialmente uma declaração, uma expressão anti-europeísta. pois não devem ser só 10,5% zangados com a brincadeira do tratado de lisboa. nem tudo o que é internacional é bom (esta frase exige longas explicações, que darei atempadamente a quem mas pedir - adianto já que esta europa não me parece uma terra sem amos). daqui para a frente volto a explicar pacientemente a quem não entende a diferença entre uma coisa e outra que um voto nulo implica desenhar bonecada no boletim de voto, insultar o candidato do partido do governo ou fazer cruzes em todos os quadrados enquanto a abstenção é não ir lá. e o voto branco é um voto sem cruzes, sem bonecos e sem insultos. parece-me simples.
como sempre tentei arrastar a minha mãe comigo, que hoje me respondeu num tom de demissão anarquista ao qual achei uma certa graça. mas este ano ainda terei mais duas oportunidades.
primeiro, creio que este valor terá sido avultado pelo recenseamento automático. não se tratando de um viés estatístico, trata-se pelo contrário da anulação de um viés, com maior expressão demográfica, uma vez que o universo não se cinge aos eleitores que pelo recenseamento afirmaram a vontade de exercer o direito de voto, correspondendo sim à fracção populacional com idades superiores a 17 anos. pelo que comparativamente aos valores em eleições anteriores não o considero alarmante, muito embora triste ainda assim. porque se ouço por aí dizer que votar é um dever, uma obrigação moral, um frete cívico, ou sei lá que mais, continuo a perspectivar o voto acima de tudo como um direito.
segundo, e ao contrário do que tento transmitir a quem puxa o assunto da democracia à refeição, e faz uma confusão danada com brancos, nulos e abstenções, admita-se que na prática esta abstenção terá sido parcialmente uma declaração, uma expressão anti-europeísta. pois não devem ser só 10,5% zangados com a brincadeira do tratado de lisboa. nem tudo o que é internacional é bom (esta frase exige longas explicações, que darei atempadamente a quem mas pedir - adianto já que esta europa não me parece uma terra sem amos). daqui para a frente volto a explicar pacientemente a quem não entende a diferença entre uma coisa e outra que um voto nulo implica desenhar bonecada no boletim de voto, insultar o candidato do partido do governo ou fazer cruzes em todos os quadrados enquanto a abstenção é não ir lá. e o voto branco é um voto sem cruzes, sem bonecos e sem insultos. parece-me simples.
como sempre tentei arrastar a minha mãe comigo, que hoje me respondeu num tom de demissão anarquista ao qual achei uma certa graça. mas este ano ainda terei mais duas oportunidades.
3 Comments:
Eu fui tua chefe e não te estou a localizar????? Como é possivel???
Quem és tu quem és??? Serás por acaso uma miuda loirinha de olhos claro que apresentou, obrigada claro, um JC sobre apgar???
Pois sim, essa mesmo!
É impressionante a tua capacidade de dar um tom jocoso às coisas sérias, mesmo assim mantendo a aura de importância de que se revestem. ;)
gosto de te ler ;)
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