27 de novembro de 2009
já escolhi os meus companheiros literários de viagem. são eles «ficções» de jorge luis borges e «a aventura de miguel littín clandestino no chile» de gabriel garcía márquez. forrei-os com papel de jornal, um deles com a fotografia de uma rua de lisboa e o outro com uma paisagem dos açores. como sofro de uma terrível angústia antecipatória e insatisfação permanente relativamente à generalidade das coisas da vida, ainda não parti e a coisa que já quero mais é voltar, para ir aos açores com quem me disse que era o sítio mais bonito do mundo. ainda para mais porque tive que substituir os chinelos de caminhada por uma camisola mais quente, porque descobrimos a temível corrente de humboldt e as inevitabilidades do clima na montanha.
25 de novembro de 2009
Novo Sol
parto na próxima segunda-feira com destino a lima. não levo óculos de sol. depois destes meses de reclusão, quero sentir o sol a ferir-me os olhos.
21 de novembro de 2009
La Terra vista dalla Luna
o ansiado regresso à cinemateca.
para uma sessão dupla pasolini-fellini, na sala grande. ainda incapaz de escrever sobre filmes ou seja o que for, porque a vida ainda é um pouco a terra vista da lua.
para uma sessão dupla pasolini-fellini, na sala grande. ainda incapaz de escrever sobre filmes ou seja o que for, porque a vida ainda é um pouco a terra vista da lua.
20 de novembro de 2009
24 horas depois
o dia ia bonito, chegámos um pouco antes da hora prevista para o início da chamada. o segurança, solícito, perguntou-nos se íamos para o exame da ordem dos médicos, e indicou-nos o edifício. um primeiro laivo de pânico: estou tão habituada a chamar-lhe exame da especialidade, ou o amigo harrison, que exame da ordem dos médicos soa muito mais sério.
primeira incursão no edifício, para descobrir onde são as casas de banho. último check-up dos utensílios, verifiquei que o relógio (que comprei há uns meses numa das lojas de artigos chineses da rua da estefânia) tinha parado. não faz mal, a d. emprestou-me o seu suplente. encaminhamo-nos para o corredor do 2º piso, onde ficam todas as salas, corredor sem climatização e cheio de gente ansiosa. a chamada começa e evolui lentamente. mais lentamente na minha sala, embora concluída em tempo útil. os júris, ambos com um sotaque levemente brasileiro, distribuiram as provas, alternadamente branco, amarelo e azul. fiquei contente porque me calhou uma branca e achei que ia dar sorte.
já está. e correu mal. correu mal a muita gente, o exame era esquisito, saímos de lá com cara de ponto-de-interrogação-exclamação, estava frio e já era de noite. e agora temos o site da acss aberto e vamos fazendo refresh de 5 em 5 segundos a ver se já saiu a chave.
primeira incursão no edifício, para descobrir onde são as casas de banho. último check-up dos utensílios, verifiquei que o relógio (que comprei há uns meses numa das lojas de artigos chineses da rua da estefânia) tinha parado. não faz mal, a d. emprestou-me o seu suplente. encaminhamo-nos para o corredor do 2º piso, onde ficam todas as salas, corredor sem climatização e cheio de gente ansiosa. a chamada começa e evolui lentamente. mais lentamente na minha sala, embora concluída em tempo útil. os júris, ambos com um sotaque levemente brasileiro, distribuiram as provas, alternadamente branco, amarelo e azul. fiquei contente porque me calhou uma branca e achei que ia dar sorte.
já está. e correu mal. correu mal a muita gente, o exame era esquisito, saímos de lá com cara de ponto-de-interrogação-exclamação, estava frio e já era de noite. e agora temos o site da acss aberto e vamos fazendo refresh de 5 em 5 segundos a ver se já saiu a chave.
16 de novembro de 2009
a 72 horas
faltam menos de 72 horas. tenho o nariz entupido e com comichão, passei o dia a espirrar e novamente a sensação de febre. já limpei o pó, arrumei cuidadosamente a secretária, aspirei e lavei o chão do quarto, não fosse tudo isto ser uma tramóia dos ácaros contra a minha (ainda que escassa) atopia. fui ao supermercado comprar barras de cereais para levar para o exame. passei a ferro uma máquina de roupa, porque há prioridades a 72 horas do exame, e passar a ferro é seguramente uma delas. também aproveitei para por outra máquina de roupa a lavar, depois, é claro, de executar outras pequenas tarefas pendentes como arrumar a louça. agora estou a escrever no meu blog enquanto sigo atentamente os anúncios televisivos no intervalo do telejornal da noite.
4 de novembro de 2009
Do I groove you
Do I move you, are you willin’
Do I groove you, is it thrillin’
Do I soothe you, tell the truth now
Do I move you, are you loose now
Are you ready for this action
Does it give you satisfaction
Are you hip to what I’m sayin’
If you are then let’s start swayin’
When I touch you do you quiver
Form your head down to your liver
It you like it let me know it
Don’t be psychic or you’ll blow it
The answer better be
That pleases me
3 de novembro de 2009
Got my mouth, I got my smile
I ain't got no home, ain't got no shoes
Ain't got no money, ain't got no class
Ain't got no skirts, ain't got no sweater
Ain't got no perfume, ain't got no beer
Ain't got no man
Ain't got no mother, ain't got no culture
Ain't got no friends, ain't got no schooling
Ain't got no love, ain't got no name
Ain't got no ticket, ain't got no token
Ain't got no God
na pista do optimismo, ouvir, em repeat, como continua esta história.
cantada pela senhora eleita companheira lírica nos dias que passam.
Ain't got no money, ain't got no class
Ain't got no skirts, ain't got no sweater
Ain't got no perfume, ain't got no beer
Ain't got no man
Ain't got no mother, ain't got no culture
Ain't got no friends, ain't got no schooling
Ain't got no love, ain't got no name
Ain't got no ticket, ain't got no token
Ain't got no God
na pista do optimismo, ouvir, em repeat, como continua esta história.
cantada pela senhora eleita companheira lírica nos dias que passam.