Esmiúça os Sufrágios - VII

eu prometi a mim mesma que, neste ramadão que há-de ter fim depois do exame, me concederia no final de cada dia uma lufadinha de ar fresco, nem que esta fosse breve e politicamente correcta. aqui me têm recorrendo ao youtube para, como diz minha mãe, "arejar os cornos" (e não é que com o peso que sinto no crânio depois das revisões esta expressão faz mais sentido do que nunca?). sabiamente diz o primo chico que "a política não é um baile", nem os meses que antecedem o exame harrison o são, acrescento eu. valham-nos estes pequenos deleites e momentos reconfortantes proporcionados pela globalização, poder chegar a casa e ver o episódio que perdi porque estava a ter um excitante diálogo sobre síndromes mieloproliferativas.

P.S.: a qualidade literária deste blog vai caindo a pique, mas não se desiludam os visitantes, voltará ao que era logo logo depois do dito exame.

Esmiúça os Sufrágios - VI

o tio jerónimo está de boa saúde e recomenda-se. muito bom o final da entrevista.

Nuvens

Les Retrouvailles

Esmiúça os Sufrágios - IV

e no dia em que foram tornados públicos os resultados de uma nova sondagem, que concede, de acordo com as previsões e na sequência de coisas como "não gosto de portugueses misturados com espanhóis", seis pontos percentuais de vantagem ao partido socialista, foi a vez do primo chico ou, como agora me dá vontade de lhe chamar, conde frrrancisco, como o conde de contarrr da rua sésamo, seu maroto, visitar o conde ricarrrdo, perspicaz bobo.
na minha opinião, perante o vulto da vantagem socialista, perde relevo a questão do voto útil e torna-se menos necessário um pensamento estritamente bipartidário. evidenciou-se também o distanciamento entre as duas forças de esquerda, diferença ineditamente expressiva em favor do bloco. a mim, que agora assumo publicamente a tolerância e o anti-sectarismo, importa-me que a esquerda constitua, no mínimo, 20% do eleitorado e, é claro, era bonito que não se deixasse para trás o tio jerónimo.

Esmiúça os Sufrágios - III

desta é que foi. até sonhei que ia fazer o internato geral no funchal. as gafes da nelinha e a catherine deneuve que agora diz que é taxista.

Esmiúça os Sufrágios - II

e não é que a sôtora nelinha veio mesmo de pérolas? e bem tentou desacabrunhar-se, mas não disse nada de jeito e disse coisas sem jeito nenhum. suspender a democracia durante os tempos, isso é que era. desde que se recusasse a liberdade de expressão a estas pessoas, e às que atacam os continentais. enfim, coisas sem jeito nenhum. continuo a não ouvir falar sobre saúde, coisa que me interessa.

Esmiúça os Sufrágios - I

sentei-me ontem no sofá nacional em frente à tv, aguardando o que prometia ser o primeiro ataque de uma saga de terrorismo eleitoral (actividade a que os autores deste programa se haviam dedicado já, com assaz sucesso, por alturas do referendo de 11 de setembro de 2007). no entanto após a sequência das "micro, pequenas e médias empresas" (no irrepreensível e infalível formato tesourinho deprimente), o que foi apregoado como o daily show português deixou-me (a mim e a algumas pessoas com quem já troquei impressões) um pouco a desejar. é que, a certa altura, parecia uma extensão do tempo de antena do primeiro ministro, em que este teve a oportunidade de mostrar aos portugueses como, afinal, é simpático e consegue ter piada (recorrer sobretudo à pilhéria!). e como, após 4 anos e meio de governo, continua a vestir bem. mas enfim, apraz-me muito a intenção do programa e espero que me consigam surpreender nos próximos dias. a mim, que até os estou sempre a defender quando alguém diz que gosta mais dos outros (os do rapaz muito alto que estava amantizado com a rueff). e do que eu gostava mesmo era de ver lá a nelinha, de colar de pérolas e sorriso composto, a dizer piadas sobre o tgv, portugueses misturados com espanhóis e casamentos sem o fim de procriar. e o que eu me ia rir das graçolas sobre a privatização do sector da saúde. aguardo ansiosamente.

O Desprezo

Le Mépris (1963)
Jean-Luc Godard

ontem no parque mayer, a encerrar o programa de "fitas na rua", precedido por cinemamor (2000) de jacinto lucas pires.

Uma terra sem amos - III

o sol brilhará para toda a gente.
(pois poupemos os comentários realistas, neste cenário idílico.
como há quem diga:
"durante esta música, e só durante esta música, o mundo é perfeito.)

Uma terra sem amos - II

Festa do Avante, Espaço Internacional, 2009

Uma terra sem amos - I

Festa do Avante, Espaço Internacional, 2009
(Não há festa como esta!)

Histeria

falávamos em gestão de ansiedade. nem de propósito. esta semana pareço um case study da perturbação de conversão. tenho caspa e maleitas em vários sistemas de órgãos, que variam de dia para dia. perdi-me dos ciclos de sono. deixa chover na esquina, deixa a vida rolar. há versos bem mais comovedores na música brasileira, é certo, mas é este que diz o que sinto agora quando acordo. mesmo quando não é domingo.