25 de abril de 2010

Há festa(s) na rua

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24 de abril de 2010

When you're strange

"I'm the Lizard king"

23 de abril de 2010

Dispensário

tiro notas para um postal ilustrado. da janela vêem-se os barcos que vão e que vêm, sobre o rio reflectindo a cor do céu que em cada dia, e em alguns dias a cada hora, tem uma cor diferente. e quem algum tempo ali passa já adivinha as horas pela passagem do príncipe perfeito*.

* é um dos barcos que faz um passeio turístico sobre o tejo.

PS: o motivo deste post é o facto simples de ainda me ir cruzando com pessoas que me inspiram profissionalmente. escassas são, mas existem. são pessoas que mantém a capacidade de olhar pela janela, para além do que fazem para cá dela.

18 de abril de 2010

África Minha

Karen Blixen

depois de lituma nos andes, senti-me incapaz de regressar. e decidi continuar de página em página por outros continentes. estava para ser o outono em pequim, de boris vian. acabei por tirar da estante as aventuras da baronesa no quénia.

4 de abril de 2010

Lituma nos Andes

Mario Vargas Llosa

enquanto não vem o calor de fim de tarde que convida à relva dos jardins, vou inventando desculpas. kerouac está na mesa de cabeceira há largos meses. jorge luis borges confortavelmente debaixo dele. de passagem esteve herberto helder. há dois dias devolvi italo calvino à estante como quem expõe um troféu. foi lido com mais empenho e desespero do que satisfação. alguma identificação com a rotatividade das narrativas.
escolhi lituma nos andes. vargas llosa é o autor peruano que não li antes de viajar pelas suas terras. os sul americanos geralmente arrebatam-me, seja jorge luis borges e os seus caminhos que se bifurcam a excepção confirmando a regra. lituma nos andes tem um pouco de várias coisas que são desejáveis num romance: um fio condutor não demasiado fácil de seguir, bons maus e vilões, elementos descritivos na conta certa, e muito sexo clandestino. as paisagens, as roupas, as comidas, as bebidas e os cheiros é-me tão fácil imaginá-los. ainda a páginas tantas enveredo pela sensação (que agora sei fantasiada) de ter pela frente um país cheio de sol e música sedutora.