27 de outubro de 2009
26 de outubro de 2009
Fundamentalismo Islâmico
nem sei bem por onde começar. nem sei porque me apetece escrever sobre isto (sobre a minha reconciliação emocional comigo mesma) quando tenho tido ideias tão interessantes sobre a recente polémica em torno do livro de saramago em contraste com o pacífico acolhimento da tese de josé rodrigues dos santos sobre o fundamentalismo islâmico. mas não é a genialidade do primeiro nem a clareza do segundo que me tem ajudado a suportar os dias e, até, a senti-los como bonitos.
tenho pensado no que se passa. e não porque precise de analisar o processo em todos os seus pormenores, ou de me auto-justificar, ou de pensar para perceber porque estou contigo. desta vez compreendi tudo desde o início porque não precisei de compreender nada. estava a acontecer, um reboliço de sensações, borboletas e xilofones quando te via e te falava desajeitadamente e tão pouco quanto possível para não sofrer uma apoplexia. (oh, como são deliciosos e literários estes termos antiquados!) era só na minha cabeça e não precisava de mais nada para ser qualquer coisa. e fazia comichão e até arranhava, mas mesmo nesta altura era reconfortante porque me fazia recuar muitos anos no tempo, até àquela adolescência em que as paixões são coisas divertidas, sem porquês e sem talvez.
tenho pensado no que se passa. e não porque precise de analisar o processo em todos os seus pormenores, ou de me auto-justificar, ou de pensar para perceber porque estou contigo. desta vez compreendi tudo desde o início porque não precisei de compreender nada. estava a acontecer, um reboliço de sensações, borboletas e xilofones quando te via e te falava desajeitadamente e tão pouco quanto possível para não sofrer uma apoplexia. (oh, como são deliciosos e literários estes termos antiquados!) era só na minha cabeça e não precisava de mais nada para ser qualquer coisa. e fazia comichão e até arranhava, mas mesmo nesta altura era reconfortante porque me fazia recuar muitos anos no tempo, até àquela adolescência em que as paixões são coisas divertidas, sem porquês e sem talvez.
18 de outubro de 2009
15 de outubro de 2009
Moleskine
nunca tive um moleskine. arriscar-me-ia a dizer que também nunca empreendi peregrinação ou projecto que merecesse relato num desses cadernos de capa preta rija tornados caríssimos pela força do marketing de terem sido usados por vários ídolos literários. para tudo há um momento certo, e o momento certo para o meu primeiro moleskine avizinha-se com a minha primeira viagem transcontinental. quero um A5 pautado, como convém aos diários de bordo.
tem graça, também estou quase a fazer anos, e a quem não fica bem oferecer um moleskine? é uma prenda chique e deixa sempre quem a recebe contente, mesmo que nunca venha a escrever lá nada de jeito. não será o caso.
tem graça, também estou quase a fazer anos, e a quem não fica bem oferecer um moleskine? é uma prenda chique e deixa sempre quem a recebe contente, mesmo que nunca venha a escrever lá nada de jeito. não será o caso.
14 de outubro de 2009
12 de outubro de 2009
Taquipsiquia
como já disse estou assim para o exausto, neste estado de actividade psíquica paroxística, irregularmente irregular diria (como as chuvas tropicais!), que me assalta nos períodos que antecedem os grandes momentos, já sei como é, e é afinal nestas alturas que somos capazes dos feitos mais imprevisíveis e por isso surpreendentes e às vezes das decisões mais drásticas. conservo-me portanto o direito de fazer coisas excessivas que me confortem um pouco o intelecto, como empanturrar-me em chocolate sob todas as suas apresentações: em tablete, em gelado, em bolo, em cobertura. de qualquer das formas, da próxima vez que vestir um bikini vou estar no hemisfério sul, onde as pessoas vivem de cabeça para baixo.
o fim da jornada parece distante e, ao mesmo tempo, desesperantemente próximo. aliás, arriscaria que muito do que se passa por estes dias nos nossos* cérebros, corações, hipófises, circuitos de Papez, blabla, são acontecimentos diametralmente opostos que brigam para vencer sobre o outro. como as pulsões de vida e as forças tanatológicas, numa teoria qualquer (muito gira) freudiana. se há dias em que me invade a fadiga, outros há que me devolvem aquele sentimento de invulnerabilidade absoluta que caracteriza a adolescência e os estados maníacos.
hoje pensei, a propósito de um projecto ambicioso, que a partir de certa idade às vezes nos falta o ímpeto (a expressão certa, que agora não consigo traduzir adequadamente, é a anglo-saxónica guts) para assumir a revolta, que numa idade mais precoce nos sobra e tantas angústias provoca aos crescidos, e tantos problemas a nós nos pode trazer. brigo (também) diariamente com a crítica, com a noção do ridículo, com a náusea relativamente à inutilidade de certas aprendizagens, mas já me falta a garra para dizer convictamente esse "quero lá saber". e não sei.
* no meu e no dos que comigo partilham esta condição pré-harrisoniana.
hoje pensei, a propósito de um projecto ambicioso, que a partir de certa idade às vezes nos falta o ímpeto (a expressão certa, que agora não consigo traduzir adequadamente, é a anglo-saxónica guts) para assumir a revolta, que numa idade mais precoce nos sobra e tantas angústias provoca aos crescidos, e tantos problemas a nós nos pode trazer. brigo (também) diariamente com a crítica, com a noção do ridículo, com a náusea relativamente à inutilidade de certas aprendizagens, mas já me falta a garra para dizer convictamente esse "quero lá saber". e não sei.
* no meu e no dos que comigo partilham esta condição pré-harrisoniana.
4 de outubro de 2009
Butterflies all havin' fun
gosto de ouvir, quando tudo arde.
sabe-me bem, tão bem como dizer:
- "quero lá saber."
sabe-me bem, tão bem como dizer:
- "quero lá saber."