Vinil
tenho-me desleixado um pouco da política internacional. este mês é um mês que apela ao revivalismo narcisista das forças anti-regime e me deixa talvez com pouca margem de progressão intelectual. também não se pode andar sempre nessa azáfama, já se sabe que não estou talhada para a militância, é preciso reflectir sobre o passado, ficar sentimental às vezes, deixar a lagriminha brilhar ao canto do olho, não é vergonha nenhuma. e gosto tanto das coisas antigas, ainda mais se forem objectos esquisitos. como o sofá que encontrei ontem de manhã, no meio da rua, virado ao contrário, abandonado no seu padrão de flores. pensei:
" - um dia hei-de decorar uma casa só com coisas atiradas pela janela de alguém. "
é uma das muitas coisas sem finalidade nenhuma que hei-de fazer um dia. porque creio que não é preciso uma finalidade para todas as coisas que quero fazer. posso querer ouvir-te respirar sem uma finalidade.
" - um dia hei-de decorar uma casa só com coisas atiradas pela janela de alguém. "
é uma das muitas coisas sem finalidade nenhuma que hei-de fazer um dia. porque creio que não é preciso uma finalidade para todas as coisas que quero fazer. posso querer ouvir-te respirar sem uma finalidade.